Justiça Argentina reabre investigação contra Evo Morales por tráfico de pessoas e abuso de menores

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Ex-presidente da Bolívia é acusado de crimes ocorridos durante seu exílio político na Argentina em 2019; Justiça considerou que arquivamento foi “prematuro” e que há indícios suficientes para nova apuração.

Publicado • 25/04/25 às 01:15h
Atualizado • 25/04/25 às 01:28h

A Justiça argentina reabriu uma investigação criminal contra o ex-presidente da Bolívia Evo Morales, acusado de tráfico de pessoas e abuso de menores durante seu exílio político no país entre 2019 e 2020. A decisão, divulgada nesta semana, anulou o arquivamento anterior do caso, considerado “prematuro” pela Câmara Criminal e Correccional Federal de Buenos Aires.

A reabertura ocorreu após um recurso da Fundação Apolo, uma ONG anticorrupção reconhecida como querelante no processo. A entidade alega que testemunhas-chave nunca foram ouvidas e que há evidências de que Morales recebia menores em sua residência oficial, supostamente para trabalhos domésticos e favores pessoais.

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As acusações: Menores trazidas da Bolívia e “presentes” em troca de favores políticos

De acordo com a denúncia, Morales teria hospedado adolescentes bolivianas em sua casa, financiada pelo governo argentino na época. Uma das principais testemunhas, Angélica Ponce – ex-líder intercultural boliviana e ex-aliada do político – afirmou ter visto menores em situação “servil” durante visitas à residência.

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“Novas provas e testemunhas podem revelar rede de exploração”

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Ponce também declarou que Morales “recebia meninas como presentes” de aliados em troca de benefícios políticos e econômicos. Seu depoimento, prestado na Bolívia, nunca foi considerado pela Justiça argentina antes do arquivamento, o que motivou a revisão do caso.

Além da ação da Fundação Apolo, há uma denúncia paralela apresentada pela ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich. As duas investigações serão tramitadas em conjunto.

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Caso na Bolívia: Acusações de paternidade com adolescente e nova investigação

As polêmicas não se limitam à Argentina. Na Bolívia, Morales também responde a uma investigação reaberta por supostamente ter engravidado uma adolescente de 15 anos em 2016, quando ainda era presidente. Segundo a denúncia, os pais da jovem teriam recebido favores políticos e financeiros em troca de silêncio.

O caso havia sido arquivado em 2019, mas foi retomado após pressão de grupos de direitos humanos. A Justiça boliviana já pediu prisão preventiva contra o ex-mandatário.

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Reações: “Não podemos permitir impunidade”, diz ONG

Yamil Santoro, diretor da Fundação Apolo e um dos querelantes, afirmou:

“A gravidade dos fatos e a identidade dos envolvidos exigem um compromisso absoluto da Justiça. Não vamos permitir que redes de poder encubram crimes em nome da diplomacia.”

Já defensores de Morales classificam as acusações como “perseguição política”, alegando que as denúncias visam manchar sua imagem após sua saída do poder.

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O que vem agora?

Com a reabertura do caso, a Justiça argentina deve:

  • Ouvir novas testemunhas, incluindo Angélica Ponce;

  • Analisar provas sobre o suposto tráfico de menores;

  • Investigar possíveis conivências de autoridades argentinas na época.

Se comprovadas as acusações, Morales pode enfrentar processos criminais em dois países, com penas que incluem longos anos de prisão.

Enquanto isso, o ex-presidente nega todas as acusações e afirma que é vítima de uma “campanha de difamação”.

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Acompanhe as atualizações: O caso promete reacender debates sobre impunidade, poder e direitos humanos na América Latina.

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fonte: clarin.com/politica/

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