Após década imersa na cultura boliviana, Leonor Hills transforma fotografia em instrumento de resistência e celebração – e conquista espaço merecido no PRÊMIO PORTFÓLIO FOTODOC 2025.
Publicado • 16/05/25 às 13:48h
Atualizado • 16/05/25 às 23:10h
Em um mundo onde culturas imigrantes frequentemente lutam contra a invisibilidade, a arte fotográfica surge como um instrumento poderoso de afirmação e dignidade. Foi com essa premissa que a fotógrafa paulistana Leonor Hills mergulhou, há mais de uma década, no universo da comunidade boliviana em São Paulo – hoje a maior população imigrante do estado, com cerca de 450 mil pessoas. Seu trabalho, agora reconhecido entre os destacados participantes do PRÊMIO PORTFÓLIO FOTODOC 2025, não apenas documenta, mas celebra a identidade vibrante e resiliente dos bolivianos no Brasil.
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Com formação em Processos Fotográficos pela ETEC de Artes e trajetória inicial na escola FOCUS, Leonor construiu um olhar único, influenciado pela diversidade de São Paulo – cidade que ela descreve como um “mosaico de histórias“. Seus ensaio fotográficos, selecionados entre centenas de obras internacionais, retrata a vida cultural, os rituais ancestrais e a história milenar da comunidade boliviana, muitas vezes marginalizada, mas essencial para o tecido social e econômico da metrópole.
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Da Invisibilidade ao Reconhecimento: A Fotografia como Ato Político
O trabalho de Leonor vai além da estética: é um ato de resistência. Em suas imagens, histórias, artistas, crianças e líderes espirituais ganham rosto e voz, desafiando estereótipos e mostrando uma cultura rica em tradições andinas e amazônicas, cores e espiritualidade de uma cultura viva.
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“Minha missão é transformar imagens em pontes entre culturas – dando visibilidade, respeito e voz às pessoas por trás das lentes”, afirma a fotógrafa.
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A classificação de seu portfólio no Festival FotoDoc coincide com um ano simbólico: o Bicentenário da Bolívia, que em 2025 celebra 200 anos de independência e resistência. As cores da bandeira boliviana – rojo, amarillo y verde – tomam vida em suas fotos não apenas como símbolo nacional, mas como testemunho de um povo que mantém viva sua herança, mesmo em terras distantes.
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O Caminho até o Reconhecimento Internacional
O PRÊMIO PORTFÓLIO FOTODOC é um dos mais respeitados na cena da fotografia documental brasileiro, com curadoria que valoriza narrativas impactantes e tecnicamente impecáveis. Leonor concorre nas categorias Portfólio e Ensaio, com chances de estar entre os 60 finalistas – incluindo a possibilidade de vencer o troféu principal e ter suas obras expostas na Panamericana Escola de Arte e Design, durante o festival em novembro.
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O Festival FotoDoc 2025 tem como tema central a crise climática, refletindo sobre como a arte pode iluminar debates urgentes. E, nesse contexto, o trabalho de Leonor desponta de forma única: ao retratar uma comunidade que enfrenta duplamente os desafios da migração e da exclusão, ela também lembra que a cultura é um antídoto contra a desumanização e a xenofobia.
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“Enquanto o mundo discute crises, Leonor Hills e sua câmera lembram que, nas margens das grandes cidades, existem histórias de resistência que merecem ser vistas – e celebradas”.
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Exposição e Legado
As fotografias de Leonor integram já uma exposição de destaque, no ambiente virtual até janeiro de 2026. Para ela, a classificação é uma forma de validar a importância da comunidade boliviana no Brasil.
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“Essas imagens são um tributo à dignidade de um povo que carrega séculos de história nas mãos e no coração”, diz. “E, em um mundo que muitas vezes .prefere ignorar o diferente, a fotografia é a minha forma de dizer: aqui estamos.”
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Fotógrafa – Leonor Hills
São Paulo – SP
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Serviço:
Festival FotoDoc 2025
Data: 4 a 8 de novembro de 2025
Local: Panamericana Escola de Arte e Design – São Paulo (SP)
Exposição: Até janeiro de 2026
Site oficial: fotodoc.com.br/premio
Instagram: @festivalfotodoc
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