A Wiphala: Símbolo de Resistência e Unidade dos Povos Andinos

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José Bolívia, ícone da cultura boliviana, destaca a importância de valorizar o símbolo do Kollasuyo como emblema de diversidade, inclusão e identidade dos povos originários.

Publicado • 26/11/19 às 22:00h
Atualizado • 28/01/25 às 15:36h

A Wiphala, símbolo quadrangular com padrões coloridos que simbolizam a diversidade e a unidade dos povos andinos, é um dos ícones mais poderosos do Kollasuyo – uma das quatro regiões do império inca. Reconhecida oficialmente como símbolo nacional na Bolívia, a Wiphala transcende sua estética vibrante para se consolidar como uma expressão de identidade, resistência e interculturalidade.

José Ortiz Dorado, amplamente conhecido como “José Bolívia”, é um defensor fervoroso desse símbolo. Após quatro décadas promovendo o folclore boliviano no Brasil, onde conquistou reconhecimento como embaixador cultural, ele agora reside na Bolívia e continua sua missão de preservar e valorizar a cultura de seus ancestrais.

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Em uma declaração, José Bolívia expressou seu compromisso com a valorização da Wiphala, enfatizando sua importância como um elemento central da identidade dos povos originários.

“Con grande dolor en el alma y el sentimiento me dirijo a mis compatriotas en São Paulo Brasil para hacer mi comentario con nuestra sagrada Wiphala, en el cual fue maltratada por personas que desconocen nuestra verdadera cultura, una pena que hayan desprestigiado la imagen a nuestros ancestros, porque en realidad somos originarios del gran kollasuyo en este mensaje me dirijo a todos mis compatriotas, compañeros y compañeras que me acompañaron en divulgar la linda música folclórica boliviana en el canto y el baile dónde supimos representarlo con mucha dignidad durante cuatro décadas pido de todo corazón a toda la bolivianidad de identificarnos y mostrar la verdadera historia de nuestra cultura boliviana atreves de nuestra sagrada Wiphala, me despido con grande cariño de toda esa gente maravillosa, trabajadora, batalladora en sus propósitos, gente linda. viva Bolivia con su wiphala.

NOTA – Al grande amigo compañero Antonio Andrade (Bolivia Cultural) le pido el favor de seguir divulgando y haciendo campaña a nuestra sagrada whipala, sagrada querido Antonio un abrazo para ti, sigue adelante, tu amigo de siempre José Bolivia”.

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Um legado de promoção cultural

José Bolívia tornou-se uma figura de referência no fortalecimento da cultura boliviana fora de seu país natal. No Brasil, dedicou-se a divulgar o folclore através da música e do artesanato, usando a arte como ferramenta de integração e resistência cultural. Agora, na Bolívia, ele continua a lutar pelo respeito aos símbolos que representam as raízes do povo boliviano.

A Wiphala, segundo ele, é um desses símbolos que merece o mais alto respeito, especialmente em um momento em que as tensões políticas e sociais muitas vezes colocam em risco a valorização das culturas originárias. Para José Bolívia, o reconhecimento da Wiphala não deve se limitar à Bolívia, mas deve se expandir como um símbolo universal de inclusão e harmonia entre os povos.

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Um chamado ao respeito e à unidade

A mensagem de José Bolívia reflete a importância de preservar e respeitar os símbolos que carregam histórias e valores profundos. Ele acredita que a Wiphala, além de seu papel histórico, pode inspirar as novas gerações a reconhecerem a riqueza da diversidade cultural e a importância de manter vivas as tradições dos povos originários.

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A bandeira do Kollasuyo segue tremulando como um lembrete da força e da resistência dos povos andinos. E, por meio de vozes como a de José Bolívia, sua representatividade é amplificada, inspirando orgulho e respeito tanto na Bolívia quanto em todo o mundo.

José Bolívia, reconhecido como um dos maiores promotores do folclore boliviano, faleceu no dia 21 de dezembro de 2019, apenas um mês após suas emocionantes declarações sobre a importância da Wiphala como um símbolo de resistência e unidade dos povos andinos. Sua mensagem, carregada de orgulho e defesa da interculturalidade, permanece como um legado para todos aqueles que lutam pela valorização das tradições originárias.
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