Willka Kuti – Ano Novo Andino: Fotografias Registram a Herança Cultural Andina no Coração de São Paulo

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Registro fotográfico perpetua a herança milenar de uma das culturas mais antigas do mundo, celebrando uma identidade de bronze

Publicado • 19/07/25 às 14:34h
Atualizado • 19/07/25 às 15:30h

No coração de São Paulo, onde o concreto e a diversidade cultural se entrelaçam, uma celebração ancestral marca a cada solstício de inverno: o Willka Kuti, o Ano Novo Andino, que em 2025 marcou o início do ano 5.533 no calendário andino.

Nascida em São Paulo, mas com raízes profundamente entrelaçadas agora com as terras sagradas dos Andes, Leonor Hills transcende o simples registro e eleva a fotografia a uma narrativa atemporal. Em seu mais recente trabalho, realizado no Willka Kuti no último 21 de junho na Praça Kantuta, no bairro do Pari, em São Paulo, ela domina a dança entre luz e sombra para capturar a essência de um ritual ancestral. Cada imagem é esculpida pela iluminação que revela texturas, contrastes e emoções, transformando o efêmero em eterno. Seu olhar não apenas documenta, mas tece visualmente a resistência de uma cultura milenar, que persiste e se renova, vibrante, no coração da metrópole. Através da lente, Hills não fotografa o tempo, ela o congela, tornando-se em eternização dessa história perene.

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A Fotografia Como Ponte Entre Mundos

As imagens de Leonor Hills transcendem o simples registro: são testemunhas silenciosas de uma resistência cultural. Em suas fotografias, vemos “chakanas” (cruzes andinas) desenhadas nas paredes, nas vestimentas, nos instrumentos musicais, nos símbolos da mesa de oferenda, oferendas à Pachamama (Mãe Terra), músicos tocando quenas, zampoñas e bombos, e dançarinos vestindo trajes tradicionais sob o frio da madrugada de São Paulo. Cada clique é um reencontro com as origens, uma afirmação de que “Abya Yala“, (o nome ancestral das Américas), ainda pulsa forte no asfalto de uma das maiores metrópoles do Mundo.

“Minha fotografia é uma forma de devolver à cidade um pouco da memória que ela tenta apagar. São Paulo é tão andina, tão amazônica, tão indígena, quanto é urbana. E essas imagens provam que nossa ancestralidade não se cala”, afirma Leonor.

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São Paulo, o Novo Coração de Abya Yala

O evento, organizado pelo Centro Cultural Andino Amazônico, reuniu imigrantes bolivianos, peruanos, equatorianos, chilenos, além de indígenas de várias nações e brasileiros que abraçam a causa da cosmovisão andina. Em meio a cantos em quéchua, guarani e aimará, cerimônias de gratidão à terra e rodas de conversa sobre o “Bem Viver” (Sumak Kawsay), a celebração mostrou que a cultura andina não é algo do passado, mas uma fonte viva de sabedoria e resistência.

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As imagens de Willka Kuti – Ano Novo Andino, capturadas pela fotógrafa Leonor, integram a Exposição Fotográfica do Folclore e Ancestralidade Boliviana no CEI El Shadai, Vila Lais – São Paulo. Uma celebração da cultura e da identidade, reforçando a importância de educar as novas gerações com respeito às tradições e à diversidade. A arte como ponte entre passado, presente e futuro. (Foto – Bolívia Cultural).

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E foi assim, pixel a pixel, que esse registro ancestral cruzou fronteiras. O acervo fotográfico digital do “Willka Kuti, o Ano Novo Andino”, disponível em plataformas de acesso livre, transformou-se em ponte entre a tradição milenar e as novas gerações. Escolas, coletivos culturais e pesquisadores já se apropriam dessas imagens não apenas como documentos históricos, mas como ferramentas vivas de educação e resistência, prova de que a memória, quando compartilhada, é também um ato de construção da cultura de paz.

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A Arte Que Perpetua o Sagrado

Leonor não apenas fotografa: ela traduz em luz e sombra a espiritualidade de um povo. Seu olhar, consegue capturar o invisível, o respeito aos apus (montanhas sagradas), o diálogo com os “ajayus” ancestrais, a conexão entre o urbano e o atávico.

Em um mundo onde tradições indígenas são constantemente ameaçadas, seu trabalho funciona como um escudo, garantindo que as futuras gerações saibam: a cultura andina não morreu. Ela dança, canta e resplandece, até mesmo no asfalto de São Paulo.

Para acessar o acervo completo das fotografias de Leonor Hills e mergulhar assim no Willka Kuti, visite (Exposição Virtual).

Foto de capa:
Celebração do Willka Kuti – Ano Novo Andino 5.533 em São Paulo,
registrado pela fotógrafa Leonor Hills.
O ritual reforça a resistência cultural andina e amazônica
no coração da metrópole.
Crédito: Leonor Hills/Divulgação

Contato para imprensa:

Centro Cultural Andino Amazônico
E-mail: ccandinoamazonico.sp@gmail.com
facebook.com/centroc.andino

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