Somos Latinos: No Rio de Janeiro, o coração da Bolívia bateu forte ao ritmo do Caporal

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Caporales ‘Mi Viejo’ levou o “Cortejo do Bicentenário” ao maior festival latino do Brasil, em Maricá, mostrando que a força do folclore boliviano é um elo de identidade e celebração continental.

São Paulo • 04/12/25 às 17:01h

A Arena da Barra, em Maricá, se transformou por quatro dias em um microcosmo pulsante da América Latina. O Festival Somos Latinos, em sua primeira edição, cumpriu a promessa de reunir cores, sabores e sons de mais de 20 países em um só lugar. Entre a efervescência de palcos que receberam desde o ska histórico dos jamaicanos do The Skatalites até o forró contemporâneo do Braza, um momento carregado de identidade e história chamou a atenção: o potente e sincronizado baque das botas e “cascabeles” (chocalhos) no asfalto, marcando o ritmo da dança dos Caporales Mi Viejo.

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O grupo, representante do folclore boliviano no Brasil, não apenas se apresentou; fez uma afirmação cultural. Ao executar o “Cortejo do Bicentenário”, os dançarinos bolivianos trouxeram para o cenário carioca muito mais que uma coreografia. Trouxeram a narrativa de resistência e alegria de um povo, a força herdada dos afrodescendentes desde os Yungas de La Paz, transformada em expressão artística vibrante. Enquanto o público acompanhava, fascinado, a energia contagiante dos dançarinos com seus trajes elaborados, percebia-se que aquilo era a Bolívia em movimento, contando sua história sem palavras, apenas com o ritmo dos passos e o orgulho no olhar.

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A presença do grupo Caporales Mi Viejo foi um destaque que transcendeu o entretenimento. E entre esses sotaques, o ritmo do Caporal falou alto. Mostrou que a latinidade celebrada no festival é um mosaico incompleto sem as cores intensas da Bolívia. A iniciativa da prefeitura, segundo o secretário de Turismo, José Alexandre Almeida, visava justamente “reforçar o orgulho de nossa identidade latino-americana”. E nada representa esse orgulho de forma mais visceral do que o folclore, essa linguagem universal que, como os pratos típicos servidos nas barracas ou as melodias que ecoaram nos palcos, conecta as pessoas à essência de suas raízes.

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O sucesso da estreia do Somos Latinos se mede não apenas pelo público, mas por esses encontros genuínos. E quando os Caporales Mi Viejo finalizaram sua apresentação sob os holotes, deixaram claro que o festival havia acertado em cheio: ser “latino” é também reconhecer e vibrar com a potência cultural de cada nação irmã, tendo a dança, a música a gastronomia e a tradição como passaportes para uma união cada vez mais forte.

Fotos: Clarildo Menezes
Víde: globoplay.globo.com

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