Shirley Figueroa é Coroada Rainha do Folclore Boliviano 2025 no Brasil: Por Que o Folclore Boliviano Não Pode Ser Invisível

A Beleza, a Dança e a Herança Cultural que Conquistam Corações na Cidade dos Mil Povos

Publicado • 15/07/25 às 03:09h
Atualizado • 15/07/25 às 14:20h

No último sábado, 12 de julho, o Teatro da APCD, no bairro de Santana, em São Paulo, transformou-se em um palco de cores, tradição e orgulho boliviano. Quatorze candidatas, representando diferentes fraternidades folclóricas, disputaram a cobiçada coroa do Folclore Boliviano no Brasil, em um evento que celebra não apenas a beleza, mas a dedicação à preservação de uma cultura rica e vibrante. Ao final da noite, Shirley Figueroa Salazar, da Fraternidad Diablada Boliviana SP Brasil, foi coroada Rainha do Folclore Boliviano 2025, a Diablada tornando-se bicampeã do título.

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A Força do Folclore Boliviano em Solo Paulistano

São Paulo, conhecida como a “cidade dos mil povos”, abriga uma das maiores comunidades bolivianas fora da Bolívia. Aqui, a cultura boliviana não apenas sobrevive, mas floresce, graças ao esforço de gerações que mantêm vivas suas tradições. O evento, organizado pela Associação Cultural Folclórica Bolívia Brasil (ACFBB), fundada em 2007, vai além de uma competição de beleza: é uma celebração da identidade, um ato de resistência cultural e um convite para que os brasileiros conheçam e se encantem pela riqueza cultural boliviana.

Shirley Figueroa, em entrevista exclusiva ao Bolívia Cultural, emocionou-se ao falar da vitória:

“Tô nervosa, mas tenho a agradecer a todos que me ajudaram a chegar a esse patamar. Primeiramente, a Deus, depois à minha fraternidade, aos meus coreógrafos, Pamela e Angel, e à minha família, que me deu apoio incondicional.”

Quando questionada se esperava vencer, respondeu com humildade: “Não. Mas fico super feliz por isso.”
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“Não Percam Suas Raízes”: O Recado de Shirley aos Jovens Descendentes

Nascida no Brasil, mas filha de bolivianos, Shirley representa uma geração que cresceu entre dois mundos. Ela relembrou os desafios de sua infância:

“Na escola me chamavam de coreana, de mexicana… Mas eu sempre respondia: ‘Sou descendente de bolivianos e tenho muito orgulho!’”

Seu recado aos jovens foi direto: “Não percam suas raízes. Lembrem-se de onde vieram. Nossa cultura é linda – as danças, a comida, o folclore. A Bolívia é um país maravilhoso, e temos que mostrar isso ao Brasil.”

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Um momento marcante da noite foi quando alguém da plateia gritou “Fala em espanhol!”, tentando interromper sua fala em português. Shirley, com elegância e firmeza, respondeu ao questionamento:

“Sei que esta apresentação está sendo transmitida para o Brasil. Se é para mostrar o melhor da Bolívia, que seja em português, para que 212 milhões de brasileiros possam conhecer e se apaixonar pelo nosso folclore.” “haaa… também sei falar espanhol muito bem” finalizou Shirley.

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O Esforço por Trás das Coreografias e Vestimentas: Uma Obra de Arte Coletiva

Cada participante do concurso carregava consigo meses de preparação. As coreografias, inspiradas em danças tradicionais como a Diablada, Salay, Taquirari, Potolos, Sikuris, Tinkus, Bailecito Cochabambino, Caporales e os Tobas, exigem precisão e energia. Já as vestimentas, feitas à mão, são verdadeiras obras de arte, com bordados detalhados, cores vibrantes e significados profundos ligados à cultura diversa boliviana.

Shirley destacou a importância de sua equipe: “Agradeço aos meus coreógrafos, que me ajudaram tanto, e à minha fraternidade, que sempre me apoiou.”

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As Vencedoras: Representantes da Tradição e da Beleza Boliviana

Além de Shirley, outras duas candidatas foram coroadas:

• Predileta do Folclore Boliviano no Brasil:
  Eliana Huanca Zenteno (Ballet Folclórico Boliviano – SP)

• Princesa do Folclore Boliviano no Brasil:
  Jennifer Rosario Rojas Mamani (Fraternidad Caporales Mi Viejo Filial SP-BR)
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Um Evento que Une Dois Países

O evento, realizado pela ACFBB no Teatro da APCD, foi mais do que uma competição – foi uma celebração da diversidade, um encontro de gerações e um lembrete de que, em São Paulo, o folclore boliviano não apenas resiste, mas brilha.

Como Shirley afirmou: “QUE VIVA A BOLÍVIA!” E que viva, também, a força dessa cultura que encanta e conquista corações no Brasil.