Mercedes Sosa: 90 anos de uma voz que repercute na luta e na esperança

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“Lembrar Mercedes Sosa é lembrar e cantar pela esperança”, diz Maryta de Humahuaca, cantora que conviveu com a artista argentina

Publicado • 10/07/25 às 18:32h

Neste 9 de julho de 2025, Mercedes Sosa, uma das vozes mais emblemáticas da música latino-americana, completaria 90 anos. Nascida em São Miguel de Tucumán, no norte da Argentina, em 1935 — ano que marcou o início da primeira ditadura no país —, “La Negra” Sosa se tornou símbolo da resistência cultural e política, transcendendo fronteiras com canções como “Todo Cambia” e “Gracias a la Vida”, além de parcerias com grandes nomes da música brasileira, como Chico Buarque e Milton Nascimento.

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Em entrevista ao Conversa Bem Viver, programa da Rádio Brasil de Fato, a cantora argentina Maryta de Humahuaca, natural da província de Jujuy e que conviveu com Sosa, compartilhou memórias e reflexões sobre o legado da artista. “Mercedes Sosa é única e permanece nos nossos corações e entranhas. Ela está nas nossas veias, sua música está nas nossas veias. Quando escutamos uma música dela num outro lugar do mundo, ficamos arrepiados, porque é trazer a nossa infância e a força dessa ancestralidade para o mundo todo”, emociona-se Maryta.

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A voz dos sem voz

Mercedes Sosa não foi apenas a maior intérprete do folclore argentino; ela usou sua arte como instrumento de luta. Filada ao Partido Comunista e identificada com o peronismo, Sosa carregava em suas canções manifestos pela democracia, direitos humanos e dignidade para os povos oprimidos. Durante a ditadura militar argentina (1976-1983), ela foi presa em pleno show e forçada ao exílio, mas sua música continuou a ressoar como um hino de resistência.

“Lembrar de Mercedes Sosa é lembrar também da esperança e cantar pela esperança”, destaca Maryta. “Ela nos ensinou que a arte não é só beleza, é denúncia, é memória, é futuro.”

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Tributo em São Paulo

Para celebrar as nove décadas do nascimento de Sosa, Maryta de Humahuaca apresenta um show especial em sua homenagem no Armazém do Campo, em São Paulo, nesta sexta-feira (11), às 16h. O repertório promete revisitar clássicos como “Como la Cigarra” e “Solo le Pido a Dios”, canções que segurem inspirando novas gerações.

“Mercedes não morreu, ela se multiplicou”, afirma Maryta. “Ela está em cada jovem que canta por justiça, em cada artista que não cala diante da opressão. Seu canto é semente.”

📍 *O #BemViver vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 7h, na Rádio Brasil de Fato (98,9 FM na Grande São Paulo). A versão em vídeo é exibida aos sábados, às 12h55, no YouTube do #BrasildeFato.*

Créditos:
Texto: Brasil de Fato
Fotos: Divulgação

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