Celebração reuniu gerações de fraternos e mostrou que preservar o folclore é fortalecer nossa história, nossa identidade e os laços que unem a comunidade boliviana no país.
São Paulo • 24/11/25 às 13:39h.
Atualizado • 24/11/25 às 19:14h.
A tarde de domingo 23 de novembro ficará guardada na memória de quem esteve na Feira Kantuta. Às 16h, a praça que homenageia a flor símbolo da Bolívia se transformou em um grande pulsar de chocalhos e botas, passos marcados e gritos emocionados: estava oficialmente aberto o Reencuentro do Simones San Simón 2025.
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O encontro reuniu uma verdadeira multidão de fraternos e ex-fraternos, que lotaram a praça para celebrar 47 anos das origens dos Caporales San Simón em Cochabamba e 18 anos de história, alegria e bolivianidade em São Paulo. Um marco que ultrapassa números, é a celebração de um legado que resiste e inspira.
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Com um sorriso estampado no rosto que traduzia toda a sua dedicação, Karina Miranda, coordenadora e uma das fundadoras da Fraternidad Caporales San Simón, não escondeu a alegria ao falar do reencontro da família Simon. Ela comentou, com visível orgulho, o crescimento diário desta fraternidade e a emoção da reunião multitudinária que marcou o momento. Karina também estendeu os parabéns à central em Cochabamba, na Bolívia, que celebra 47 anos de existência, e finalizou com um desejo sincero: “Que a Virgencita sempre nos abençoe a todos os Simones do mundo, com saúde, muito amor e alegria para continuar dançando e continuar desfrutando do folclore boliviano, que o caporal é da Bolívia”.
Mais do que uma apresentação folclórica, o caporal mostrou novamente sua potência humana. Nas botas masculinas desgastadas pelo tempo, estava escrita a história de gerações que cultivam, protegem e carregam consigo a responsabilidade de manter vivo o folclore 100% boliviano no Brasil.
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Cada novo encontro é também um reencontro com a própria identidade. Ser um Simón não é apenas dançar: é um sentimento que atravessa fronteiras, que reúne famílias e que ensina às crianças o valor do pertencimento cultural. É um movimento que inspira, que forma comunidade e que mostra, ano após ano, que o folclore só permanece vivo quando é vivido.
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Na Praça Kantuta, palco e rua se tornaram um só. O público assistiu à força de um grupo que, ao longo de décadas, escreve, com suor, passos e emoção, as páginas de um capítulo fundamental da cultura boliviana no Brasil.
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Porque os Caporales San Simón, Filial SP Brasil, não apenas se apresentam. Eles se impõem. Eles marcam território. Eles mostram que tradição não se improvisa: se honra, se vive, se transmite.
E é assim, geração após geração, que o caporal continua pulsando forte, no Brasil e no mundo.
