Imigrantes celebram a Independência do Brasil e reafirmam sua contribuição para um país plural e diverso

Neste 7 de setembro de 2025, culturas bolivianas, latinas e de várias partes do mundo se unem às tradições brasileiras para celebrar um Brasil construído pelo trabalho, pela solidariedade e pela diversidade de seus povos.

São Paulo – 07/09/2025 às 01:13h.

O 7 de setembro, data em que se celebra a Independência do Brasil, vai muito além do desfile cívico-militar e das bandeiras verde e amarela espalhadas pelas ruas. Em 2025, a comemoração ganha ainda mais cores, sons e sabores graças à participação das comunidades imigrantes que encontraram neste país não apenas um lar, mas também um espaço de convivência, esperança e reconstrução de vidas.

Milhares de famílias imigrantes, vindas da Bolívia, Paraguai, Peru, Venezuela, Colômbia, Haiti, Angola, Síria e tantas outras nações, celebram este dia como parte da sua própria história. Afinal, o Brasil não é apenas o território que os acolheu: é também o lugar onde constroem futuro, educam filhos e contribuem diariamente para o crescimento da nação.

Na capital paulista, onde se concentra a maior comunidade boliviana fora da Bolívia, é comum ver neste feriado celebrações que misturam o folclore andino, a gastronomia latina e a alegria tropical brasileira. Da mesma forma, em diferentes cantos do país, comunidades de imigrantes mantêm vivas suas tradições enquanto se integram à vida cotidiana brasileira. É nesse intercâmbio cultural que o Brasil revela sua verdadeira força: a pluralidade.

“Celebrar a independência do Brasil também é celebrar a liberdade de sermos quem somos, mesmo longe de nossas origens”, afirma uma jovem boliviana residente no Brás, bairro que é símbolo da presença migrante em São Paulo. Essa percepção é compartilhada por comunidades de diversas nacionalidades que, apesar das dificuldades enfrentadas, reconhecem no Brasil um território único, onde a convivência entre povos de histórias tão distintas se dá com fraternidade.

O esforço e a dedicação de trabalhadores imigrantes são parte essencial do motor econômico do país. Seja nas oficinas de costura, nas feiras de alimentos, no comércio popular, na construção civil, na gastronomia, no esporte, na área médica, nas escolas ou nas universidades, os imigrantes ajudam a erguer um Brasil mais forte e produtivo. O país que os acolheu também se fortalece com a diversidade cultural que traz novos olhares, novos sabores e novos modos de viver.

Neste 7 de setembro, portanto, o Brasil celebra não apenas o rompimento histórico com Portugal em 1822, mas também reafirma sua identidade como uma nação construída por mãos de diferentes origens. É a celebração de um Brasil mestiço, aberto ao mundo, que cresce na medida em que valoriza sua diversidade.

Assim, quando milhares de vozes cantam o Hino Nacional, não são apenas brasileiros natos que cantam. São também bolivianos, peruanos, haitianos, sírios, venezuelanos, africanos e tantos outros que, juntos, compõem o coro de uma pátria escolhida. Um Brasil que pulsa ao ritmo da pluralidade e que, neste 7 de setembro, reafirma-se como exemplo de convivência pacífica entre os povos.