Jorge ‘Tuto’ Quiroga promete ‘nova Bolívia’ e guerra ao narcotráfico em possível retorno à presidência

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Candidato denuncia crise energética e econômica herdada do MAS e afirma que eleição de domingo é a “última chance” para evitar colapso

São Paulo • 14/08/25 às 16:05h

Em entrevista exclusiva à Rede Record, o ex-presidente e candidato Jorge “Tuto” Quiroga (Coalizão Livre) não poupou críticas ao governo do MAS (Movimento ao Socialismo) e traçou um cenário dramático para a Bolívia caso a atual gestão se mantenha no poder. Com voz firme e gestos marcantes, o engenheiro de 65 anos — que governou o país entre 2001 e 2002 — alertou sobre riscos de desabastecimento energético, inflação descontrolada e a transformação do país em uma “narco-república”.

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Crise econômica e energética: “Vamos voltar a cozinhar com lenha”

Quiroga atribuiu a escassez de dólares e a inflação ao que chamou de “má gestão” dos governos de Evo Morales e Luis Arce. “Eles receberam um país com gasodutos para Brasil e Argentina, contratos firmados e impostos altos. Mas gastaram como loucos: palácios, helicópteros, fábricas inúteis”, disparou. Segundo ele, a falta de investimento na exploração de gás reduziu a produção e obrigou o país a importar combustível sem reservas financeiras. “Estamos perto de apagar 7 em cada 10 fogões a gás. Se nada mudar, voltaremos à Era da Pedra”.

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Narcotráfico: “Exportamos mais cocaína do que gás para o Brasil”

Com tom indignado, o candidato destacou a expansão do narcotráfico durante os governos do MAS. Afirmou que a lei de 2017, que ampliou áreas legais de cultivo de coca no Chapare (região de Morales), “só beneficia traficantes”. “Antes tínhamos Petrobras e mineradoras. Agora temos PCC e Comando Vermelho”, comparou. Prometeu cooperação com polícias do Brasil e Argentina para combater o crime: “Não quero que a Bolívia seja conhecida pela cocaína, mas pelo lítio, soja e carne”.

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Propostas: “Faremos da Bolívia um Paraguai 2.0”

Quiroga defendeu uma economia aberta, com acordos comerciais diretos com Ásia e Europa, sem depender do Mercosul — que chamou de “dança sem casamento”. Entre as promessas, destacou investimentos em agricultura, mineração e tecnologia, além de tornar o país líder na produção de lítio. “Seremos o coração da América do Sul, mas sem o colesterol da cocaína”, brincou.

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Disputa eleitoral: “O MAS está dividido em três”

Sobre as eleições de domingo (17), o candidato mostrou otimismo: “A Bolívia votará massivamente por uma mudança após 20 anos de escuridão”. Criticou a fragmentação do MAS — dividido entre Arce, Morales e Andrônico Rodrigues — e convocou jovens a “dar uma chance” a seu projeto: “Será o amanhecer de uma nova Bolívia”.

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Contexto: Quiroga aparece em segundo lugar nas pesquisas (20%), atrás do favorito Carlos Mesa. A entrevista revelou seu estilo direto e a estratégia de capitalizar o desgaste do MAS, misturando alertas catastróficos com promessas de modernização. Seu discurso anti-narcóticos e pró-Brasil pode atrair eleitores urbanos e empresariais, mas a polarização com o MAS ainda define o jogo.

Eleições na Bolívia: 1º turno ocorre em 17/08. Se nenhum candidato atingir 50%+1, haverá 2º turno em outubro.

fonte: Record News

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