BICENTENÁRIO DA BOLÍVIA VIRA FESTA ELITISTA! Cidadãos Barrados Em Evento PAGO POR ELES!

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Enquanto autoridades celebravam com champanhe, idosos bolivianos eram humilhados na porta. O Consulado transformou o Bicentenário em um símbolo de classismo e descaso com quem realmente sustenta a pátria!

São Paulo • 09/08/25 às 12:55h
Atualizado • 09/08/25 às 14:22h

É inaceitável que, em plena celebração do Bicentenário da Bolívia na manhã de 06 de agosto de 2025 no Memorial da América Latina, o Consulado boliviano tenha transformado um momento histórico em um coquetel classista.

A hipocrisia do Bicentenário: os mesmos imigrantes que injetam milhões na Bolívia são tratados como párias em sua própria celebração

Os imigrantes bolivianos humilhados na porta do evento, justamente aqueles que sustentam a economia de seu país com remessas de dólares, foram tratados como intrusos em uma festa que seus próprios impostos ajudaram a bancar. Enquanto autoridades celebravam em meio a champanhe, trabalhadores que mantêm a Bolívia como terceira maior economia dependente de remessas foram submetidos a esperas vexatórias ou sequer puderam entrar. A ironia é cruel: quem financia o Estado é tratado como indesejável pelo próprio Estado. O Bicentenário, que deveria unir a pátria, escancarou a colonial mentalidade que ainda divide os bolivianos entre os que têm ‘direito’ a festejar e os que só têm o ‘dever’ de pagar.

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Só após a saída da imprensa, “liberaram” a entrada, confirmando que a exclusão foi intencional, elitista e covarde.

Que festa é essa, senhores do Consulado, em que os excluídos são justamente aqueles que a bancaram?

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O Bicentenário deveria honrar o povo, não reproduzir a colonização interna que segrega bolivianos em “dignos” e “indignos”. A pompa não apaga o vergonhoso: a festa foi financiada pelo suor dos que foram barrados à porta. 

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Bolívia Cultural: 14 anos de jornalismo e o mais explícito caso de classismo que já testemunhamos

Em mais de uma década de cobertura jornalística com sede em São Paulo, o Bolívia Cultural jamais havia presenciado uma cena de classismo tão explícito e escancarado como a ocorrida durante as comemorações do Bicentenário da Bolívia no Memorial da América Latina.

Nossa equipe, que ao longo desses 14 anos entrevistou presidentes, líderes internacionais e autoridades de alto escalão, como: “Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff, Pepe Mujica, Ollanta Humala, Evo Morales, Jair Bolsonaro, Rafael Correa, David Choquehuanca, Álvaro García Linera. Além de prefeitos, governadores e parlamentares, como: Bruno Covas, Luiza Erundina, João Doria, Ricardo Nunes, Vicente Paulo da Silva, Carlos Zarattini, João Jorge, Eduardo Suplicy, Sonaira Fernandes, Luna Zarattini, Juliana Cardozo, Eduardo Bolsonaro, Gabriel Abreu, Nikolas Ferreira, Marcos Pontes, Erika Hilton, … entre muitas outras autoridades…”, jamais nós deparamos com um tratamento tão humilhante a imigrantes e idosos bolivianos, justamente aqueles que sustentam sua pátria com trabalho e remessas.

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Foi vergonhoso ter que editar e testemunhar o ocorrido: idosos barrados, trabalhadores tratados como “indesejáveis” em um evento que, ironicamente, foi financiado por seus próprios impostos. Enquanto autoridades desfrutavam de um coquetel elitizado, cidadãos comuns eram excluídos como se fossem intrusos.

Este relato não é apenas uma denúncia, mas um registro histórico para que a sociedade não permita que a discriminação e o classismo se repitam. A imigração boliviana é parte fundamental da construção de um Brasil e uma Bolívia mais justos e humanos.

Que este episódio sirva de reflexão: somos irmãos, e nossa diversidade deve unir, nunca segregar.

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Jallalla Bolívia!
Jallalla ao Bicentenário!

Antonio Andrade Vargas
Diretor do Bolívia Cultural

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