Bolívia celebra 200 anos de independência com homenagem a Simón Bolívar no Memorial

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Cerimônia floral do bicentenário escancara distanciamento de classes: autoridades celebram em evento oficial, enquanto trabalhadores bolivianos, base da comunidade em SP, ficam ausentes.

São Paulo • 06/08/25 às 13:00h
Atualizado • 06/08/25 às 13:49h

Sob uma leve garoa fina da manhã de quarta-feira (6), São Paulo foi palco de uma celebração histórica que atravessa dois séculos. No Memorial da América Latina, o busto de Simón Bolívar, obra do renomado escultor Victorio Macho, recebeu uma coroa de flores em solene homenagem ao bicentenário da independência da Bolívia. O ato, repleto de simbolismo, reuniu autoridades, diplomatas e uma ausência da comunidade boliviana, muitos dos quais adotaram a capital paulista como seu segundo lar.

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Realizada próximo ao Auditório Simón Bolívar, a cerimônia, acompanhada pelo corpo consular e por poucas lideranças institucionais da comunidade boliviana, marcou o primeiro evento oficial do dia em São Paulo em homenagem ao bicentenário, celebrado simultaneamente em toda a Bolívia. Entre apertos de mão dos poucos imigrantes bolivianos, o que mais se destacou foi a ausência da base da comunidade: os trabalhadores imigrantes, que formam o coração da colônia boliviana na cidade, não estiveram presentes. Enquanto isso, os poucos que compareceram mantiveram um olhar solene, entre o orgulho e o civismo, diante do busto do Libertador Simón Bolívar.

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Organizado pelo Consulado Geral da Bolívia em São Paulo, o evento seguiu com um coquetel restrito a autoridades e convidados selecionados, em outro prédio do Memorial da América Latina, logo após a cerimônia de homenagem floral. O acesso limitado reforçou o caráter oficial excludente da celebração, contrastando com a ausência da comunidade boliviana mais ampla, majoritariamente formada por trabalhadores imigrantes.

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Se em 1825 a independência foi conquistada com batalhas, em 2025 ela se renova em flores, abraços e, quem diria, nos sotaque do portunhol de imigrantes bolivianos que resiste na Cidade da Garoa. JALLALLA BOLÍVIA!!!

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