Violência e luto assediam famílias de imigrantes no Brás, em São Paulo

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Bairro do Brás, especialmente as ruas Dr. Costa Valente e Coimbra, se tornam palco de crimes brutais que afetam moradores e visitantes imigrantes

Publicado • 15/05/25 às 15:04h
Atualizado • 15/05/25 às 20:24
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A violência urbana que assola o bairro do Brás, na região central de São Paulo, tem deixado um rastro de dor e insegurança entre famílias de imigrantes sul-americanos. Ruas como a Dr. Costa Valente e a tradicional Rua Coimbra — conhecidas pelo intenso comércio voltado à comunidade boliviana — têm se tornado pontos críticos de criminalidade, especialmente em razão da venda desenfreada e do consumo excessivo de bebidas alcoólicas, fatores que frequentemente alimentam conflitos, brigas e episódios de crimes violentos.

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O autor do crime, Juan Luis Ramos Marin (à esquerda), e a vítima, Cristobal Andrés (à direita), ambos de nacionalidade venezuelana. – Imagem: Record TV.

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Em reportagem exibida pelo programa Fala Brasil, da Record TV, na manhã desta quinta-feira (15), foi relembrado um dos casos mais brutais registrados na região: o assassinato do imigrante venezuelano Cristobal Andrés, esfaqueado múltiplas vezes em plena via pública, na Rua Dr. Costa Valente, em 2022. O autor do crime, Juan Luis Ramos Marin, também venezuelano, foi posteriormente capturado nos Estados Unidos com apoio da INTERPOL.

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A advogada criminalista boliviana Patricia Vega atua na Rua Dr. Costa Valente, região central de São Paulo, nas instalações do Centro do Imigrante. – Imagem: Record TV.

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No mês de abril deste ano, quatro assassinatos foram registrados nas imediações das ruas Dr. Costa Valente e Coimbra. A advogada boliviana Patricia Vega, que acompanha de perto a realidade da comunidade imigrante na região, alerta para o cenário recorrente de violência. “Vivemos há anos sob ondas de criminalidade que aumentam e diminuem, mas nunca cessam. São ciclos de insegurança que já se tornaram parte do cotidiano. Atualmente, os índices de furtos ,assaltos e agressões físicas estão alarmantes nesta área”, afirmou.

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Ivalda Aleixo, Diretora do Departamento de Homicidios (DHPP) – Imagem – Record TV.

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A diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Ivalda Aleixo, reconheceu, durante a reportagem, as dificuldades enfrentadas nas investigações de crimes contra imigrantes — muitas vezes agravadas pela ausência de documentação das vítimas ou pelo receio de colaborar com a polícia. Ainda assim, segundo a delegada, as equipes do DHPP têm se esforçado para estabelecer uma abordagem mais sensível e humanizada, capaz de conquistar a confiança dos imigrantes e obter informações fundamentais para elucidar diversos casos na região. O assassinato do venezuelano Cristobal Andrés, por exemplo, foi solucionado graças à cooperação entre autoridades internacionais e a colaboração direta da comunidade imigrante local.

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O sentimento predominante nas ruas do Brás é de abandono. Famílias vivem o luto, enquanto comerciantes e moradores cobram maior presença do poder público. “Precisamos de um ponto policial permanente”, reivindicou uma comerciante boliviana, visivelmente emocionada.

A escalada da violência na região evidencia a urgência de políticas públicas voltadas à segurança e à proteção dos imigrantes — muitos dos quais vivem e trabalham no Brasil há décadas, contribuindo de forma expressiva para o dinamismo econômico e cultural da capital paulista.

Com fonte informativa:
Programa Fala Brasil,
Record TV

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