Tradição Boliviana Ganha Vida no Carnaval Paulista: Terça-feira de Ch’alla na Praça Kantuta

Publicado em 15/02/24 às 02:17h.
Atualizado em 16/02/24 às 02:59h.
Foto de capa ilustrativa

Uma das tradições mais arraigadas na população boliviana, o “Martes (Terça-feira) de Ch’alla“, partindo das populações andinas encontrou seu espaço nos centros urbanos, ultrapassando fronteiras e chegando à metrópole de São Paulo com a migração boliviana.

Este ritual, profundamente enraizado na cultura aymara, é uma expressão de gratidão à “Pachamama”, a Mãe Terra, por todos os dons recebidos. Desde as primeiras horas da manhã, residências de imigrantes bolivianos e estabelecimentos comerciais da cidade se adornam com bandeirinhas, flores, balões e outros elementos, anunciando a chegada do “Martes de Ch’alla” com o estampido dos “cuetillos” (fogos de artifício).

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Martes de Ch’alla na Praça Kantuta em São Paulo

Na emblemática Praça Kantuta, coração cultural dos bolivianos em São Paulo, os feirantes dominicais se uniram para celebrar este momento especial de agradecimento pelo comércio do ano que passou.

A “K’oa” (mesa de oferenda), um ritual de reciprocidade e oferta à Pachamama, foi realizada, onde uma mesa de doces foi oferecida e consumida pelo fogo. Este gesto simbólico representa não apenas a tradição andina, mas agora também uma expressão marcante da cultura paulistana.

A Ch’alla é mais do que um simples ritual; é uma conexão com os ciclos da natureza, uma celebração da fertilidade da Mãe Terra e uma expressão de gratidão por todos os dons recebidos. É um tempo de diálogo com as graças adquiridas, onde os feirantes expressam oralmente suas manifestações de união para o bem comum na tradicional Feira Kantuta.

A comunhão dos imigrantes bolivianos foi fortalecida no momento em que cada feirante compartia os alimentos trazidos de casa para serem distribuidos entre os presentes. Foi um momento de aproximação cultural, quando moradores de rua das imediações, com complacencia dos feirantes dividiram os alimentos compartidos neste momento de confraternização intercultural.

Perpetuar as tradições da cosmovisão andina pelos bolivianos confere à cidade de São Paulo a energia milenar do agradecimento. “A perpetuação das tradições andinas em São Paulo traz consigo a energia milenar do agradecimento. Reconhecer a natureza é reconhecer a essência da vida“, afirma Rene Quisbert, feirante boliviano.

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Assim, na tarde de terça-feira, 14 de fevereiro, a Praça Kantuta se transforma em um santuário de respeito, gratidão e celebração, onde as tradições ancestrais se entrelaçam com a vida urbana, enriquecendo o tecido cultural da cidade e fortalecendo os laços comunitários entre os feirantes e a população em geral.

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