Ana Barba La Zarca: A Associação que Resgata a História de uma Heroína e Empodera Mulheres na Bolívia

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Fundada em 2021, a Associação de Mulheres Ana Barba combate a invisibilidade feminina, promove saúde, cultura e direitos humanos — e agora se expande para o Brasil

Publicado • 03/07/25 às 17:17h

A Luta que Nasceu nas Ruas: A Fundação da Associação

Em meio às tensões políticas e protestos cívicos que sacudiram a Bolívia em 2021, um grupo de mulheres em Santa Cruz de la Sierra decidiu resgatar um nome apagado pela história: Ana Barba La Zarca, heroína da independência boliviana. “Era contemporânea de Juana Azurduy, mas sua história foi enterrada”, explica Anelín Suárez, integrante fundadora da Associação de Mulheres Ana Barba, em entrevista exclusiva ao portal Bolívia Cultural.

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Inspiradas pela coragem de Ana Barba, condecorada postumamente como “Coronela da Sanidade”, a mais alta honraria militar para heróis de guerra no país, as ativistas criaram inicialmente um movimento. No entanto, a governação local barrou o registro por considerar o nome “muito político”. “Aceitamos o formato de associação, mas mantivemos o propósito: enaltecer nossa cultura e lutar por justiça social“, diz Suárez. Oficializada em 14 de fevereiro de 2023, a organização atua em quatro pilares:

  • Direitos humanos

  • Saúde

  • Meio ambiente

  • Cultura

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Das Batalhas do Passado às Conquistas do Presente

A associação já deixou sua marca em diversas frentes:

  • Saúde: Realizou a primeira caminhada nacional de conscientização sobre Parkinson na Bolívia e promove inclusão para crianças com autismo e síndrome de Down.

  • Cultura: Em parceria com a Sociedade de Estudos Geográficos, organizou eventos pelo Bicentenário Cruceño (200 anos da independência de Santa Cruz), incluindo reconstituições de batalhas históricas e recepção a delegações argentinas, laços fortalecidos pela figura de Ignacio Warnes, aliado de Ana Barba.

  • Arte e Memória: Desenvolveu o projeto “Las Muñecas Ana Barba”, bonecas que representam heroínas esquecidas. “Queremos que meninas abracem símbolos de resistência”, explica Suárez. Uma das bonecas foi presenteada a Michelle Bolsonaro, em gesto que ampliou a visibilidade internacional do projeto.

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Expansão e Metas: Do Brasil ao Empoderamento Político

Com planos de abrir um núcleo em São Paulo, em parceria com prefeituras locais, a associação busca fortalecer redes de apoio à comunidade boliviana migrante, especialmente na área da saúde. O financiamento? “Vem das cotas das afiliadas e de doações. Tudo é construído coletivamente”, ressalta Suárez.

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Mas as ambições vão além:

  • Erguer monumentos a Ana Barba e outras heroínas.

  • Instituir dias municipais de conscientização sobre Parkinson e autismo.

  • Formar lideranças femininas conservadoras que ocupem espaços de poder. “Não por cotas, mas por mérito”, defende Suárez, criticando o que chama de “doutrinação esquerdista”. “Queremos mulheres que humanizem a política, com discurso e trabalho, não com ideologias.”

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Onde Encontrar?

  • TikTok: @laZarcaAnaBarba

  • Facebook: @MovimientoAnaBarba

“Ana Barba não se rendeu, e nós também não. Somos a voz das que foram silenciadas.” Anelín Suárez

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