A tradição da “K`oa” desde nossos antepassados andinos até a migração boliviana no Brasil e no mundo

O Carnaval na Bolívia possui muitos simbolismos e tradições, e uma delas é a preparação da k’oa para realizar as ch’allas de oferenda à “Pachamama” (mãe terra) e fazer diferentes pedidos à terra.

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As k’oas tradicionais são compostas por diferentes elementos, como figuras feitas de açúcar, gordura animal, “sullu” (feto de llama), mirra e incenso, que são oferecidas à Pachamama; cada uma delas é específica para diferentes pedidos, como abundância nos negócios, sorte no amor, prosperidade, aquisição de uma casa, dinheiro, entre outros, que são atraídos com a ajuda da mãe terra. Segundo a tradição, a Pachamama se alimenta muito mais durante essas datas festivas (primeiros meses do ano) com os presentes e oferendas dos cultivadores da cosmovisão andina. Comerciantes que se dedicam à venda das k’oas reconhecem que as pessoas devem ter muita fé ao realizar a K’oa; eles asseguram que, se o pedido for feito com muita fé, a Pachamama atenderá aos desejos. A k’oa também é um ato de reciprocidade das pessoas com a Pachamama para agradecer pelos favores recebidos, crentes que melhoraram sua situação.

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Durante esses dias, imigrantes bolivianos praticam suas tradições no estado de São Paulo, Brasil e no mundo afora. A “K`oa” tem sido uma das tradições mantidas na luta de preservar as tradições e identidade milenar. O Brasil, um país de energia indígena, afro, mantém e alimenta uma multiculturalidade tão ampla, terra fértil da harmonia dos povos e tradições, tem recebido de braços abertos os saberes dos bolivianos, que acrescentam este arco-íris de energias do bem nestas expressões ancestrais dos povos andinos.

O boliviano ou também o brasileiro irão adquirir suas k’oas, dependendo do que desejam pedir. Alguns afirmam ser muito crentes e que a cada ano seus pedidos são atendidos; alguns cidadãos levam mais de uma k’oa e fazem mais de um pedido à Mãe Terra.

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